Identidade Nacional, o semblante do povo.

    As comemorações de acontecimentos históricos são momentos importantes para aprofundar a identidade nacional.

Identidade Nacional, o semblante do povo.

    A expressão “Identidade Nacional” remete qualquer um de nós para o nome do nosso país, tal como algumas informações sobre ele, que lhe conferem uma identidade. É, de facto, isso, mas podemos afirmar que identidade nacional é muito mais que apenas o nome do nosso país, pelo menos para alguns. Esta, é o conjunto de normas, feitos e cultura mitológica e histórica que complementam cada cidadão, integrando-o na nação através de um laço social invisível que o distingue dos outros cidadãos de outro país.

    A divisão nacional enfraquece a identidade nacional. Liberdade de expressão, de poder reger a vida como bem entender, escolaridade e outros direitos fundamentais, nem sempre estiveram incluídos na constituição do nosso país. O estado novo, ou Salazarismo, autoritário, católico e autocrata, não sediava tais direitos aos cidadãos portugueses, corroendo a identidade nacional através da divisão da sociedade em grupos menores. O seu fim, em 25 de abril de 1974, através de uma revolução política e social impulsionada pelos militares, provocou o movimento da população portuguesa o que permitiu restruturar os laços sociais entre as pessoas, complementando culturalmente e historicamente a identidade nacional.

    Nem a decadência não pode abalar a identidade nacional. Na obra pessoa “Mensagem”, mesmo Portugal passando por uma crise, Pessoa não deixa de referir os momentos históricos mais importantes para a pátria, bem como adapta a mitologia Sebastianista para um patamar que a nação portuguesa deve alcançar culturalmente, para que então a identidade nacional possa ser retomada.

    Concluindo, relembrar o passado do país ao nível político, histórico e mitológico, não só completa culturalmente cada cidadão, o que fortalece a identidade nacional, como também nos torna diferentes de todos os restantes países. Portugal não pode ser apático e deixar-se ser levado pelo mundo, a identidade nacional não deve ser enfraquecida.